O Brasil acaba de instituir uma nova fase na polÃtica de segurança digital. Recentemente o governo publicou o Decreto nº 12.573, que cria a Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber). A medida surge em um contexto crÃtico, marcado por um aumento expressivo de ataques direcionados a serviços essenciais, órgãos públicos e empresas privadas de todos os portes, e marca o inÃcio de uma etapa mais madura para a cibersegurança no paÃs.
Casos recentes de vazamentos de dados e interrupções de sistemas mostraram que as vulnerabilidades digitais muitas vezes são exploradas por meio de fornecedores e parceiros de negócio com menor nÃvel de proteção. A nova E-Ciber busca justamente preencher essas lacunas, estabelecendo diretrizes mais claras, mecanismos de governança e uma visão de longo prazo para fortalecer a resiliência do paÃs frente à s ameaças.
De acordo com o decreto, a estratégia se apoia em quatro eixos centrais: proteção do cidadão e da sociedade, segurança e resiliência de serviços essenciais e infraestruturas crÃticas, cooperação entre entidades públicas e privadas e soberania nacional com governança centralizada. Esses eixos serão detalhados no Plano Nacional de Cibersegurança, que organizará as ações estratégicas e seu cronograma de execução.
Entre as medidas, estão ações de conscientização para o uso seguro da internet, fortalecimento da segurança de setores estratégicos como energia, telecomunicações e saúde, além do estÃmulo à cooperação internacional no combate ao cibercrime.
O que é a E-Ciber?
A Estratégia Nacional de Cibersegurança é o documento que orienta as ações do Brasil no campo da proteção digital. Sua primeira versão foi lançada em 2020, mas revogada agora para dar lugar a um modelo mais abrangente, que incorpora aprendizados dos últimos anos e novas demandas do cenário internacional.
A E-Ciber amplia a maturidade regulatória, fortalece a coordenação entre setores e projeta o paÃs para uma posição mais sólida no combate a cibercrimes, fraudes e ataques a infraestruturas crÃticas.
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Quais os objetivos da E-Ciber?
Os objetivos da Estratégia Nacional de Cibersegurança englobam uma mudança estrutural que envolve governança, polÃticas públicas, educação e desenvolvimento econômico. Confira alguns deles:
- Garantir a proteção da informação em termos de confidencialidade, integridade, autenticidade e disponibilidade, estimulando a gestão de riscos e a adoção de medidas de prevenção, mitigação e resposta a incidentes cibernéticos.
- Promover a soberania nacional, reduzindo a dependência de tecnologias estrangeiras e incentivando a produção local de soluções em cibersegurança.
- Fortalecer a educação e conscientização com uma cultura de cibersegurança.
- Incrementar a cooperação nacional e internacional, envolvendo União, estados, municÃpios, setor privado e sociedade civil.
- Intensificar o combate aos crimes cibernéticos, com mais preparo das autoridades de persecução penal.
- Incentivar a proteção e conscientização de grupos vulneráveis;
- Melhorar a proteção de serviços essenciais e infraestruturas crÃticas.
Empresas podem precisar de certificação para prestar serviços ao governo
Com base em disposições do Decreto nº 12.573/2025, que prevê padrões mÃnimos de segurança, criação de um selo nacional de certificação de ciberativos e incentivos à conformidade em produtos e serviços, pode-se considerar que empresas que desejem manter relações com o governo ou atuar em setores crÃticos, precisarão estar preparadas para atender a esses requisitos.
Um dos pontos mais relevantes para o setor privado é que a E-Ciber tende a elevar as exigências de conformidade. Auditorias, planos de resposta a incidentes e certificações poderão se tornar requisitos comuns em licitações e contratos. Isso significa que organizações de todos os portes precisarão investir em maturidade cibernética, adotar frameworks reconhecidos internacionalmente, como a ISO 27001, ISO 27017 e ISO 27701, e demonstrar capacidade de gestão de riscos.
Organizações que buscarem certificações alinhadas a esses padrões estarão em conformidade com as futuras exigências regulatórias, e é claro, mais preparadas para enfrentar ameaças complexas, implementar planos de continuidade e responder rapidamente a incidentes.
BenefÃcios da Estratégia Nacional de Cibersegurança - E-Ciber
Com a publicação do decreto, o Brasil inaugura um novo ciclo de governança digital. A expectativa é que, nos próximos anos, o paÃs alcance nÃveis mais elevados de maturidade cibernética, fortalecendo tanto a proteção individual dos cidadãos, quanto a segurança de setores estratégicos da economia.
Entre os benefÃcios que podemos esperar com a E-Ciber, estão:
1. Maior proteção ao cidadão
O decreto prevê ações especÃficas para grupos vulneráveis, como crianças, adolescentes, idosos e pessoas neurodivergentes. A inclusão de temas de cibersegurança nos currÃculos escolares ajudará a formar cidadãos mais conscientes sobre os riscos digitais e preparados para se protegerem.
2. Segurança e garantia de serviços essenciais
Setores como energia, saúde, telecomunicações e finanças dependem cada vez mais de sistemas digitais. A E-Ciber estabelece padrões mÃnimos de segurança, cria mecanismos de alerta e até mesmo um selo nacional de certificação de ciberativos, elevando o nÃvel de confiabilidade das operações.
3. Fortalecimento das empresas brasileiras
Micro e pequenas empresas, que representam a maior parte dos fornecedores do paÃs, terão acesso a orientações e planos de conformidade flexÃveis. Isso permitirá que também adotem boas práticas e estejam aptas a fornecer para grandes corporações e órgãos públicos.
4. Desenvolvimento tecnológico e inovação
A estratégia incentiva a criação de produtos e serviços nacionais de cibersegurança, reduzindo a dependência de soluções estrangeiras. Também prevê apoio à pesquisa, bolsas de estudo e residências tecnológicas em parceria com institutos de ciência e tecnologia.
5. Cooperação internacional ampliada
Ao estimular a participação do Brasil em fóruns globais e parcerias bilaterais, a E-Ciber fortalece a posição do paÃs no cenário internacional. Isso favorece a troca de informações sobre ameaças e amplia a capacidade de resposta conjunta a ataques transnacionais.
Como adequar sua empresa para as exigências da Estratégia Nacional de Cibersegurança?
Quem se antecipar nas adequações terá condições de atender à s exigências legais, evitar prejuÃzos e se posicionar como parceiro confiável em um ecossistema digital cada vez mais regulado e interconectado.
Na Dédalo Security, podemos facilitar esse caminho para você. Atuamos na implementação de normas internacionais, conduzimos testes de vulnerabilidade, auditorias especializadas e programas contÃnuos de conscientização em cibersegurança. Nossa equipe tem capacidade para apoiar sua empresa na construção de maturidade cibernética, garantindo a conformidade com este decreto e com outras leis, além de deixar seu negócio com uma vantagem competitiva em um mercado que exige cada vez mais segurança digital.
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